A solução para a vida de Ângela pode estar em Manchester
“Tenho 23 anos, sou uma jovem menina com uma vida pela frente, após realizar um transplante de medula em que tive diversas complicações, detetaram me um fungo muito difícil de tratar. Um aspergiloma. Esse fungo está-me a matar aos poucos. Aqui já não fazem mais nada por mim, desistiram de mim, retiraram-me a medicação, deixaram de me fazer exames, para eles estou morta”, escreveu a jovem, nas redes sociais.
O percurso terapêutico incluiu terapêutica com seis linhas diferentes de quimioterapia, um autotransplante de medula óssea e um alotransplante de medula óssea a partir de um dador relacionado. Em consequência do grau de imunossupressão resultante das terapêuticas anteriores, desenvolveu um quadro de aspergilose invasiva que foi resistente a todos os antifúngicos disponíveis, incluindo combinações de medicamentos.
Infelizmente, nenhuma das abordagens médicas ou cirúrgicas apresentou eficácia clínica, encontrando-se a situação atualmente com um prognóstico muito reservado. Tal como se procede em situações similares, foi solicitado o apoio de cuidados paliativos que, em conjunto com a equipa de transplantação, fez um ajuste terapêutico de acordo com a condição clínica”, explicou o hospital.
O IPO refere também estar a ser “prestado apoio psicológico para tentar ajudar a doente a enfrentar a grave condição clínica que enfrenta”.

Porém, Ângela, que não pede donativos, apenas ajuda, revelou existir uma esperança em Manchester, num hospital, National Aspergillosis Centre, que é especializado nesse fungo. “Sei que existe um hospital em Manchester só especializado neste fungo, no aspergiloma. Não sei se posso viajar, não sei se tenho ordem dos médicos para isso mas gostava muito de continuar cá e realizar os meus sonhos”, disse a jovem.
E agora, o influencer Numeiro terá conseguido contactar com um médico do referido hospital e renasce a esperança desta jovem, que partilhou o contacto nas redes sociais. O próximo passo, de acordo com o jornal Correio da Manhã, será o contacto desse hospital inglês com o IPO, para se perceber se há realmente mais a fazer-se por Ângela Pereira.

Uma mensagem que mereceu a comoção do país e uma explicação do IPO do Porto, que confirma a situação “de altíssimo risco” que Ângela vive.
“O Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO Porto) esclarece que a doente se encontra a ser acompanhada num centro altamente diferenciado para o tratamento da patologia em causa, por equipas com elevada experiência em hematologia, transplante de medula, infeções oportunistas e complicações associadas.
