Nininho Vaz Maia viu o seu nome envolvido num processo de tráfico de droga. Constituído arguido, o cantor revelou em comunicado estar inocente e a colaborar com a investigação, mas esta situação pública acaba por lhe abalar a imagem.

É o caso do partido Chega, partido que, como se conhece, avesso à etnia cigana, e que tanto propala essa luta contra a criminalidade, não perdeu tempo a marcar terreno contra Nininho Vaz Maia, que é o cabeça de cartaz da Feira de Maio do Ribatejo, que decorre na Azambuja de 22 a 26 de maio.
O núcleo concelhio da Azambuja do partido Chega pede que o cantor seja afastado, em comunicado:
“Na nossa Feira a figura do Campino, do Cavalo Lusitano e do Toiro Bravo são exaltadas como símbolos maiores do nosso Ribatejo. Celebramos assim a identidade rural, equestre e tauromáquica de Azambuja, valorizando o que é nosso. São valores que o Partido CHEGA! Defende e sempre defenderá, o nosso Mundo Rural.

Razões pelas quais somos manifestamente contra a escolha do cantor Nininho Vaz Maia (cabeça de cartaz) para atuar na nossa festa – Feira de maio de 2025. E somos contra porque o mesmo ofende os princípios do Mundo Rural, do Camponês, do Campino, do Cavaleiro, do Folclorista, ou seja, do Homem Ribatejano, humilde, de trabalho árduo que tanto ama a sua terra. Como é do conhecimento geral, o cantor em causa não é só conhecido pelo seu brilhantismo musical, mas também por um passado ligado à prática de rixas e, na atualidade, por ser constituído arguido por fortes suspeitas de branqueamento de capitais aliada a uma rede suspeita de tráfico de droga. Obviamente que todos usufruem do estatuto da presunção de inocência, mas, no caso em concreto do cantor Nininho Vaz Maia, subsiste o passado criminal (condenação com trânsito em julgado) e, atualmente, a constituição de arguido por fortes suspeitas aliadas à prática de crimes graves.